Mensagem ao Povo Cametaense

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Chegou o dia do nosso Padroeiro São João Batista, sabemos que em cada coração cametaense, hoje, uma explosão de sentimentos se misturam, tristeza, frustação, mas também muita esperança, que bons tempos estejam chegando…
Como este ano, excepcionalmente, não podemos estar juntos, vamos relembrar, como se dá a festividade do Santo mais famoso da quadra junina, em nossa cidade?!
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Logo pela madrugada, as fogueiras se acendem em todos os cantos de Cametá, daí então, as primeiras pessoas rumo as praias começam a aparecer para o tradicional banho à beira do rio Tocantins, banho, que lava a impurezas do corpo e da alma e nos prepara para a Santa Missa.

Barcos atracam nos portos, moradores de vários lugares do nosso município chegam, para pagar suas promessas ao Santo Padroeiro, por graças alcançadas e, reunidos na Praça dos Notáveis, dar início a grandiosa Missa Campal.

Final de missa, leilão de oferendas começa. Há os que escolhem almoçar as iguarias típicas na famosa “Barraca do Santo”, mas muitos outros, são levados a suas casas, por um cheiro peculiar, que toma conta da terra dos Romualdos, nessas épocas, o da maniçoba. (Afinal, São João é o círio dos Cametaenses)

Por volta das 17h, começam os ritos religiosos finais da festividade, um saudosismo, já vai pairando. Iniciada a procissão, a imagem de São Batista é levada por uma multidão de devotos à percorrer e abençoar as ruas de nossa cidade. Na chegada, de volta a Catedral, um banho de cheiro já nos aguarda, para abençoar e nos refrescar do calor humano, que nos envolve nesses dias de festividade.

Não podemos esquecer do mastro, mas só as mulheres, elas, o derrubam e lançam-no ao rio Tocantins, acompanhados da música “lavadeira da cidade, ô lavadeiraaa…”

Às 20h, o último ato da festividade começa, a queima de fogos, que ilumina nosso céu estrelado das noites de junho e sinaliza que a festividade do São João Batista de Cametá, chegou ao fim, por mais um ano.

Quanta saudade! Como é bom relembrar, nos remete a um passado perfeito!

Assim como vocês, estou com o coração apertado, mas carregado de fé. Nossa tradição e costumes, são nossa identidade. Rogo ao nosso Padroeiro, que essa pandemia chegue ao fim, para que no próximo ano estejamos juntos fisicamente, comemorando o sentido da vida e mantendo preservada a maior manifestação de fé do povo Cametaense.

Viva João Batista, Viva o Precursor!

José Waldoli Filgueira Valente.

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